deu na folha de s.paulo
Para presidente do STF, na Polícia Federal da gestão Paulo Lacerda "havia uma decisão política de vazar" informações
Ministro defende advogados, acusados por Tarso Genro (Justiça) de revelar informações de inquéritos sob segredo de Justiça
De Flávio Ferreira:
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, disse ontem que no governo do presidente Lula a Polícia Federal adotou a prática de vazar informações sigilosas de inquéritos e essa conduta foi orientada por uma "decisão política".
Mendes atacou a PF ao ser indagado sobre o fato de a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ter protocolado no STF um pedido de explicações a ser encaminhado ao ministro da Justiça Tarso Genro, que acusou advogados de vazamentos.
Na terça-feira, Genro disse que o sigilo de Justiça "praticamente terminou no país", ao comentar a divulgação pela imprensa de conversas entre José Sarney, o filho dele, Fernando Sarney e neta do presidente do Senado, Maria Beatriz Sarney, grampeados na Operação Boi Barrica da PF.
O presidente do STF respondeu que não iria fazer comentários sobre o pedido da OAB, pois poderia ter que julgar o requerimento, e lembrou de uma decisão recente do STF que garantiu a advogados acesso a inquéritos e ações sob sigilo.
Em seguida, o magistrado passou a disparar: "É verdade que no modelo anterior em que o inquérito era puramente sigiloso havia vazamentos. Aí não se pode dizer que era culpa dos advogados. Os advogados não tinham acesso. A Polícia Federal durante todo o governo Lula praticou com grande tranquilidade a prática do vazamento".
O ataque prosseguiu com menção a Paulo Lacerda, ex-diretor geral da PF: "Eu acho que é até uma marca da gestão Paulo Lacerda na PF. Era o vazamento, até vazamento para dadas emissoras de televisão. Então não era um modelo de processo sigiloso. Havia vazamentos porque havia uma decisão política de vazar", disse. Assinante do jornal leia mais em: PF de Lula é que vazou grampos, diz Mendes
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