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domingo, 27 de setembro de 2009

A Perigosa Manobra do Governo Lula em Honduras

A Perigosa Manobra do Governo Lula em Honduras

Em 28 de junho de 2009, Manuel Zelaya, presidente de Honduras, país membro da Alba, foi destituído do poder pelo congresso por contrariar a rígida constituição do país. Foi preso e imediatamente expulso para a vizinha Costa Rica.

Por esse último ato, tudo foi tomado como golpe de estado, e a comunidade internacional não reconheceu o novo governo, liderado por Roberto Micheletti.

Ainda em setembro, em provável conluio com o ameaçador ditador Chávez, o presidente Lula teria autorizado que o deposto Zelaya fosse introduzido na embaixada brasileira, em Tegucigalpa. Pelo mundo, muitos acreditam que os brasileiros montaram a operação inteira.

Essa perigosa manobra parece bastante clara à comunidade internacional, embora todos os membros do governo brasileiro não se cansem de negar, como nos famosos casos em que o PT pagava mesada a deputados aliados e depois a dos destemidos aloprados. Tudo sempre foi negado pela cúpula do governo Lula.

Muitos acreditam que os dois parceiros no Foro de São Paulo (Lula e Chávez) não estariam interessados em uma pretensa violação da democracia na América Latina, mas sim que o sucesso do exemplo hondurenho não viesse a estragar seus planos para a dominação bolivariana em toda essa região.

O senador Romeu Tuma (PTB-SP) já declarou que Zelaya tem usado a embaixada brasileira para fazer militância política e instigar uma guerra civil.

Mas o governo Lula não será somente responsabilizado pelo que acontecer de grave advindo do fato de partirem de dentro da embaixada brasileira todas as ordens de Zelaya para a desobediência civil que levará aos conflitos de rua e a uma guerra interna, como pensa Tuma.

O presidente Lula e seus principais assessores correm é o sério risco de serem responsabilizados internacionalmente por introduzirem Zelaya no país e abrigá-lo com quase 70 aliados na embaixada, para, claramente, promoverem até uma guerra civil (Plano B?) e tentarem levá-lo de volta ao poder, em uma absurda e imperdoável manobra de intromissão em assuntos internos de outro país.

Lula deverá ser responsabilizado por afirmar que Manuel Zelaya poderá permanecer na embaixada do Brasil em Tegucigalpa o tempo que quiser, incentivando ainda mais a crise. Nesse caso, ainda poderá vir a ser responsabilizado pelos brasileiros caso a nossa embaixada seja invadida e o país tenha que enviar forças para resolver a questão.

Tendo recorrido ao Conselho e Segurança da ONU (Plano A?) e não ter sido bem recebido lá, o presidente Lula passou a vociferar contra o mesmo, alegando que ele hoje nada mais representa. Isso só serve para demonstrar que a falta de competência vem acompanhando a manobra por dentro e que os ânimos estão bastante alterados pelos fracassos contínuos no caso.

O Conselho de Segurança da ONU condenou a intimidação do governo local na embaixada brasileira em Honduras, mas não se interessou em discutir questões mais amplas sobre o futuro do presidente deposto. O CS simplesmente não entrou no estranho jogo do governo brasileiro para uma intervenção.

Enfim, o CS condenou o cerco à embaixada e exigiu que ele seja interrompido de imediato, mas não chamou de golpista o governo Micheletti, não cobrou a volta ao poder de Zelaya e, finalmente, não ameaçou intervir em Honduras com o despacho de tropas.

Parece que tudo vem saindo errado nos planos de Lula, Marco Aurélio Garcia (o MAG do top top top) e Celso Amorim. Provavelmente, esse trio esperava que a manobra da introdução de Zelaya na embaixada, combinada com a provocação ao Conselho de Segurança então reunido na ONU, terminasse em intervenção internacional em Honduras, com a volta do presidente deposto ao poder e a continuidade do bolivarianismo revolucionário por lá. Tudo aconteceria como engendrado e comandado pelo mentor Chávez, o único com talento para maquinar a esse nível.

Agora, o governo interino deu prazo de dez dias para uma definição sobre a situação de Zelaya na embaixada brasileira já há uma semana. Mais uma vez provocativo, Lula (na Venezuela para a 2 ª Cúpula de países da América do Sul e da África) disse a jornalistas que o Brasil não atenderá “ao ultimato de um governo golpista”. O Plano B estará em curso?

Interessante como Lula é tão agressivo com Honduras, que nada fez ao Brasil, e foi tão pífio e amistoso com a Bolívia do bolivariano Evo Morales, que colocou tropas nas instalações da Petrobras e ameaçou nosso país há alguns anos. Interesses políticos, não?

E agora, José, quem serão os responsáveis por tudo isso e quais serão suas conseqüências para o Brasil, Venezuela, Honduras, América Latina e o mundo?

Roberto Silva

DEFESA BR

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