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Uma versão chegou a ser fabricada por uma pequena indústria alemã, denominada Standard Fahrzeugfabrik. De acordo com o livro, Ganz, que inclusive havia chamado seu carro inicialmente de Maikäfer (Meu Besouro), tentou inutilmente obter apoio financeiro para produzi-lo em grande série, ao mesmo tempo em que publicava vários artigos propondo uma revolução no design automotivo e criticando os pesados e inseguros carros da época. Desagradando aos grandes fabricantes e, por ser judeu, ele acabou sendo preso pela Gestapo, polícia secreta nazista, devido a uma acusação forjada de chantagem.
Libertado, Ganz mudou-se para a Suíça, onde continuou tentando sem sucesso produzir seu carro – o projeto chegou a ser roubado pelo próprio governo suíço. A idéia do engenheiro húngaro, na mesma época, teria chegado ao ditador Adolf Hitler que, entusiasmado e desejoso de motorizar a população alemã, encarregou Ferdinand Porsche de sua concretização, obviamente ocultando a autoria do projeto inicial por um judeu. A Standard Fahrzeugfabrik, coincidentemente, foi proibida de usar o nome Volkswagen, carro do povo, na promoção de seu automóvel.
Após a Segunda Guerra Mundial, Ganz tentou durante vários anos provar na justiça seus direitos sobre o Fusca. Ele acabou indo morar na Austrália, onde trabalhou na Holden (hoje parte da GM), falecendo pobre e sem chegar a ser reconhecido, a não ser por um restrito número de designers e engenheiros. Embora sua história não fosse desconhecida, o livro de Schiperood é o primeiro inteiramente dedicado a ela e está sendo cogitado para servir de base para um futuro filme.
A história de Ganz pode ser encontrada, em detalhes, no site www.ganz-volkswagen.org , em inglês.JM
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