Arquitetura – Ponte do Aqueduto (c. 50 d.C

Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -

2.8.2009

Obra Prima do Dia (Semana das Pontes Históricas)

Creio que guardei para o fim a mais interessante, como arquitetura e a mais impressionante como feito dos engenheiros da Antiguidade: a Ponte do Aqueduto de Segóvia. Pelo menos, foi minha intenção.

O Aqueduto de Segóvia esteve em uso até meados do século XX. Construído por volta do ano 50 da Era Cristã, essa imponente obra não utilizou cimento para unir seus blocos de granito e permanece em pé graças a um engenhoso equilíbrio de forças. Quando ainda era utilizado, trazia água do rio Frio para a cidade de Segóvia, distantes um do outro 16 km.

O trecho do aqueduto que fica acima do solo, isto é, a Ponte do Aqueduto, também conhecida como Ponte do Diabo, mede 728 m de comprimento e repousa sobre 166 arcos, 120 pilares, cada um deles com 9 m de altura. Há uma escada que permite o acesso ao topo do aqueduto, o que possibilita ver melhor tanto a construção quanto a majestosa paisagem da bela cidade de Segóvia.

A água que vinha das fontes do rio Frio era recolhida numa cisterna chamada El Caserón e depois transportada por canais feitos em pedras talhadas até uma segunda torre, a Casa de Águas, onde decantava, para só depois seguir caminho até o Postigo, contraforte sobre o qual se assentava a cidade em torno do Alcazar.

Sua construção foi iniciada durante a metade do Século I da Era Cristã, no reinado do Imperador Domiciano, e completada no início do Século II, no reinado do Imperador Trajano. Alguns dos arcos da ponte foram parcialmente destruídos durante a ocupação dos mouros e só foram restaurados no século XV por ordem dos Reis Católicos.

O aqueduto talvez tenha resistido tantos anos por se manter ativo: durante 2000 anos forneceu água à cidade de Segóvia, inclusive ao Alcazar, que fica na parte mais alta da cidade. No entanto, o progresso, faca de dois gumes, com a calefação da água, o tráfego intenso de veículos entre os arcos, e a poluição resultante, começava a deteriorar a ponte. Para salvar essa jóia que a Antiguidade nos legou, as autoridades espanholas restauraram minuciosamente a ponte e o aqueduto, e proibiram o tráfego em toda a área.

Segóvia, Espanha

Fontes:

http://www.sacred-destinations.com/spain/segovia-aqueduct.htm

http://www.cyberspain.com/ciudades-patrimonio/fotos/segacui.htm

http://es.wikipedia.org/wiki/Acueducto_de_Segovia