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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Kia ainda manda

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Da PLACAR

O Iraniano polêmico continua dando as cartas no Corinthians

Saiba como…

Sr. Kia… ainda manda !

Kia sumiu do Brasil, mas não do mapa. Fortaleceu-se na Europa, deixou digitais no Corinthians e, segundo delegado, se reuniu com o presidente do clube, Andres Sanchez.

Pouco antes da Copa de 2006, no auge das investigações sobre a parceria Corinthians/MSI, acusada de lavagem de dinheiro, Kia Joorabchian foi para a Europa e lá ficou.

Deixou um cenário de terra arrasada no clube.

Por causa da ligação com o iraniano, o presidente Alberto Dualib caiu, uma nova diretoria assumiu e o nome do ex-mecenas virou palavrão no clube.

Três anos depois de sair do país, Kia, turbinado pelas transações que fez nos tempos de corinthiano, tornou-se um importante negociador de jogadores na Europa. Mas seu sumiço do Parque São Jorge não durou muito. Há quem diga que de lá o iraniano nunca saiu de verdade. Suas negociações ainda refletem nos cofres do Alvinegro e os porões do clube continuam abertos para ele.

Protógenes Queiroz, o homem que comandou a investigação sobre a parceria, afirma que, pouco após ser eleito presidente do Corinthians, Andres Sanchez esteve em Londres e se encontrou com Kia.

Pelas informações da PF, a reunião aconteceu no Hotel Park Lane, local onde costumeiramente o iraniano recebia Dualib e Nesi Curi, presidente e vice do Corinthians na época da parceria, e investidores, como Pini Zahavi.

"Num depoimento de Andres à PF, eu lhe perguntei por que foi se encontrar com Kia. Ele disse que o Corinthians devia para a MSI e que precisavam negociar. Respondi que não haviam dívidas porque o clube não tinha mais relação jurídica com a MSI.", diz o ex-delegado.

"Todas as vezes que ele foi para Londres encontrou-se com Kia "

Andres desmente a história toda:  " Não encontrei o Kia, só fui para Londres em 2004 ou 2005, no começo da parceria. Eu não era o presidente do clube naquela época. Tudo isso é mentira. Ninguém da Polícia Federal teve essa conversa comigo". Diz. "E nem existia débito para discutir, essa dívida é que nem aquela dívida com o português da padaria, anotada em papel de pão. Ninguém paga ninguém."

Há vestígios do iraniano mais visíveis no Corinthians pós-MSI.

Caso da venda da porcentagem dos direitos do clube em relação a Jô a Giuliano Bertolucci, principal parceiro de Kia. Hoje ambos admitem participar do gerenciamento da carreira do atacante.

Em maio do ano passado, Andres vendeu os 10% que o Corinthians ainda tinha dos direitos do atacante, então no CSKA, da Rússia, para Bertolucci por 2 milhões de reais. No mês seguinte, Jô foi negociado com o Manchester City e Bertolucci ficou com 5,2 milhões. Lucro de 3,2 milhões em 30 dias. Receita que deixou de entrar no cofre alvinegro.

Na época, a oposição Corinthiana desconfiou do envolvimento de Kia.

A diretoria alegou que precisava de dinheiro e não poderia esperar. Além disso, afirmou que o City poderia ter comprado 90% dos direitos de Jô, recusando-se a pagar a porcentagem ao Corinthians.

"Comuniquei o Andres sobre a proposta, fui nove vezes para a Rússia. Ele não queria receber dos russos, com medo de atrasos", diz Bertolucci. Ele também argumenta que os 2 milhões de Euros a que tem direito serão pagos em quatro anos, porque os russos estão recebendo em parcelas.

A transferência chamou a atenção da Federação Inglesa, que ameaçou investigar se Jô, em vez de pertencer a um clube, pertencia a Kia, o que é proibido. Por meio de sua assessoria de imprensa, o iraniano afirmou apenas ser conselheiro de Jô e não quis dar entrevista.

A ligação de Kia com o City é umbilical. Ele indicou o técnico Mark Hughes e vários jogadores. Além disso, Phill Hall, que cuida da imagem do iraniano, presta o mesmo serviço para o clube inglês. Elano, que estava no clube até o meio deste ano, foi para o Galatasaray, da Turquia, e Kia foi o principal agente dessa negociação.

"Ele me ajudou bastante. Eu não estava jogando muito no City e queria me preparar para a Copa", diz o meia. "O Kia foi uma pessoa muito importante na negociação. Nos reunimos algumas vezes em Londres – uma inclusive num jantar da Nike – decidimos o destino de Elano", diz o empresário do jogador, José Massih.

Graças ao Manchester City, as digitais de Kia aparecem nos relatórios financeiros do Corinthians. O balanço de 2008 registrava que o clube tinha 1,56 milhão de reais a receber do time inglês. Cada vez que o iraniano negocia um atleta que foi formado no terrão do Parque São Jorge ou passou pela equipe no começo de carreira, a equipe brasileira tem direito a uma porcentagem do valor da negociação, como formador.

O City já contratou Tevez, Jô e Sylvinho.

Só o lateral não gerou receita porque foi para a Inglaterra de graça.

Falar de Kia em público para os corinthianos causa desconforto. "Por que você quer falar dele ? Isso é levantar defunto.Não falo sobre o Kia", disse Andres à reportagem.

Porém, nos bastidores, pronunciar o nome do iraniano ajuda a abrir portas. Em dezembro de2008, Andre disse nas negociações para contratar o atacante Kleber, de saída do Palmeiras, que pediria para o iraniano investir no jogador. Mas foi aconselhado por seus colaboradores a desistir.Se a informação vazasse, seria utilizada na eleição que aconteceria em fevereiro.

A história é contada por pessoas que conversaram com o cartola sobre a transferência.

O corinthiano nega o episódio. Não é descartado, no entanto, negociar com Kia no futuro: "Ele não se interessou por nenhum jogador nosso. No dia em que se interessar, vamos ver o que as pessoas vão dizer. Só não vou prejudicar meu clube pela reação dos outros.", disse Andres.

Bertolucci, o principal contato de Kia no Brasil, fala a mesma língua. "Não fizemos mais negócio lá (no Corinthians) porque não apareceu nada. Se aparecer oportunidade, fazemos. Se todas as bases forem legais, vamos ter medo de quê ?", afirma o parceiro do iraniano.

Kia é Corinthians

Nas poucas entrevistas que dá na Europa, Kia deixa transparecer laços com o Corinthians. Em setembro de 2008, à BBC rádio Sport, disse cuidar da carreira de poucos jogadores e citou Jô, Tevez, Mascherano e Robinho, o único sem passagem pelo alvinegro.

Ao jornal Daily Mail, em maio de 2009, declarou que "os clubes brasileiros informam os detalhes (das negociações) em seus sites e incluem informações sobre quem é o dono do jogador e que porcentagem lhes pertence." Entre os principais times brasileiros, só o Corinthians adotava esta prática, abandonada pela diretoria.

Coincidências também ligam Kia ao Corinthians.

Contratar jogadores argentinos virou rotina no Parque São Jorge. Kia tem transito muito bom na Argentina.

Defederico, adquirido este ano, tem como um de seus representantes o advogado compatriota Mario Waissman, que trabalhou com o técnico Daniel Passarela, contratado por Kia.

Bertolucci, tido no mercado brasileiro como sócio de Kia, agenciava a carreira de Marcelo Mattos, que voltou ao clube este ano.

Oficialmente, o Corinthians nunca rescindiu o contrato com a MSI, assinado no fim de 2004, com a validade de dez anos. Depois que o Ministério Público denunciou a antiga diretoria e a empresa por lavagem de dinheiro, o conselho corinthiano votou pela rescisão. Queria cobrar cerca de 70 milhões de reais da empresa.

A diretoria comandada por Andres Sanches contratou um escritório de advocacia que afirmou não haver necessidade de rompimento formal. Alegou que, como partes tinham deixado de honrar suas obrigações, o compromisso estava anulado, por meio de um acordo tácito.

Além disso, não havia no Brasil representantes da empresa para serem notificados oficialmente.

Próximo passo

O momento de o Corinthians fechar uma grande negociação com Kia e esperar pela reação das pessoas, como disse Andres, pode estar próximo. Bertolucci está de olho em Dentinho, que afastou-se de seu empresário e virou objeto de desejo de muitos agentes…

O exército de Kia

BORIS BEREZOVSKY

Magnata russo, foi o chefe de Kia Joorabchian no projeto MSI/Corinthians

PINI ZAHAVI

Um dos agentes de jogadores mais influentes do mundo, também participou ativamente da parceria MSI/Corinthians com investimentos.

MANSOUR BIN ZAYED AL NAHYAN

Xeque dos Emirados Árabes que comprou o Manchester City. É um dos milionários que investem em jogadores indicados por Kia.

GIUSEPPE DIOGUARDI E WAGNER RIBEIRO

Dificilmente o Iraniano negocia diretamente com outro agente no Brasil sem ser um dos dois.

PHIL HALL

Cuida das imagens de Kia, West Ham, Manchester City e Portsmouth, que jogará a Copa São Paulo.

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