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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Após "Titanic", James Cameron aposta em 3D

24/08/2009 - 07h27

da Folha de S.Paulo

Para driblar a pirataria e motivar a geração MySpace/ Orkut a sair do computador e pagar por um ingresso de cinema, Hollywood iniciou uma ambiciosa estratégia. Em 440 salas de 58 países, foram exibidos, na última sexta-feira, 15 minutos de "Avatar", filme de James Cameron que deve estrear em 18 de dezembro.

Divulgação
Cena do filme "Avatar", de James Cameron, com previsão de estreia para 18 de dezembro
Cena do filme "Avatar", de James Cameron, com previsão de estreia para dezembro

O que foi visto em São Paulo, na sala Imax do shopping Bourbon Pompeia, não foi um trailer nem uma sequência linear do filme --Cameron e a Fox escolheram algumas cenas aleatórias, com a pretensão de fornecer pistas sobre o que é essa produção cujo orçamento bate nos US$ 240 milhões.

Esse é o primeiro longa de Cameron desde 1997, quando "Titanic" se tornou o filme comercialmente mais bem-sucedido da história do cinema.

Com "Avatar", o cineasta sabe que não está mais em 1997 --hoje, para ganhar uma grana formidável no cinema, não basta escalar Leonardo DiCaprio e afundar um transatlântico. Em 2009, não dá mais para o entretenimento ignorar indústrias como as de games e de internet.

Assim, "Avatar" reúne, além de elementos da ficção científica (planetas distantes...) e do cinemão clássico (o romance entre dois personagens aparentemente opostos), códigos de games, de realidade virtual, de quadrinhos e de animação.

Ao filme: em "Avatar", Sam Worthington é Jake Scully, um ex-fuzileiro naval paraplégico que se alista em uma missão de risco no planeta Pandora.

Esse planeta é habitado por uma espécie nativa (os Na'Vi) que possui semelhanças com os humanos (mas são azuis, bem altos e possuem rabo).

Scully é colocado em uma cápsula e seu cérebro é "transportado" para o de um Na'Vi. Em Pandora, ele encontra um local em que as florestas são fluorescentes e os animais, ferozes e gigantescos.

Em uma pequena apresentação antes do início da minissessão, Cameron diz que as cenas exibidas na sexta foram selecionadas da primeira parte do filme, para não entregar nenhuma surpresa.

Se não dá para tirar muito do roteiro, a tela enorme potencializa (com o perdão do termo) os efeitos em 3D do filme -algumas sequências são vertiginosas, estonteantes, com as cores estourando.

Em uma produção que está apoiada quase totalmente em efeitos criados por computadores, Cameron conseguiu imprimir em seus personagens bela dose de emoção e realismo.

O curioso é que o sucesso que Cameron parece ter atingido na utilização de softwares e 3D pode limitar. Assistir a "Avatar" numa sala Imax, em 3D, é uma coisa --mas como transportar essa experiência para salas de cinema convencionais, DVD (ou Blu-ray) ou televisão?

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