Publicada em 23/10/2009 às 23h45m
O GloboRIO - A disputa pela liderança do mercado doméstico fez a TAM e a Gol, as duas principais empresas aéreas do país, abrirem uma guerra de preços nos últimos meses. Para recompor o caixa, as duas lançaram ações e títulos esta semana e levantaram R$ 1 bilhão, mostra reportagem de Erica Ribeiro, publicada neste sábado pelo GLOBO.
A disputa - a TAM tem 44,15% de participação de mercado e a Gol, 41,85%, segundo dados de setembro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - fez com que as companhias "queimassem dinheiro" ao longo deste ano, segundo especialistas do setor. A estratégia, agora, além de reforçar o caixa, é voltar o foco para as classes C e D. O duelo das maiores acaba respingando nas companhias médias, afetadas pelas tarifas muito baixas e estratégias agressivas.
TAM e Gol confirmam o objetivo de usar os recursos captados para reforço do caixa. Mas evitam falar sobre a existência de uma guerra. Em um ano, a participação da TAM caiu de 52,8% para 44%. A Gol, agora, está a três pontos percentuais da concorrente. Os vice-presidentes da TAM, Paulo Castello Branco, e da Gol, Tarcísio Gargioni, afirmam que a liderança é o que menos importa.
Quem viaja, porém, sente no bolso o esforço das empresas para ganhar passageiros. O ringue principal da guerra aérea é Congonhas, em São Paulo, onde TAM e Gol têm seu centro de distribuição de voos para o país. Em setembro, em promoções, bilhetes chegaram a ser vendidos por R$ 120, caso da ligação entre São Paulo e Porto Alegre. Este mês, a tarifa mais baixa para o trecho sai por R$ 257 na Gol e R$ 283 na TAM, sem taxas. A briga por consumidores se reflete também na inflação. Dados do IPCA mostram que, no acumulado do ano, o item viagem de avião recuou 9,23%.
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