Em reunião com o Clube dos 13 na última segunda-feira, o diretor de esportes da Globo, Marcelo Pinto, voltou a alimentar, entre o grupo, um sistema no estilo mata-mata, em vez do atual critério por pontuação, para o Campeonato Brasileiro.
"Tá sobrando dinheiro na mesa", justificou Pinto.
O assunto veio à tona em debate realizado ontem durante o Maxi Mídia, evento promovido pelo Grupo Meio&Mensagem para o mercado publicitário. Alguém da plateia quis saber se a televisão aberta teria, algum dia, chance de faturar com intervalos tão caros quanto os das finais do Superball nos EUA. E a resposta do representante da Globo foi: "Não. Porque não temos uma grande final no campeonato mais importante de futebol do País".
Diretor do São Paulo Futebol Clube e de corpo presente no mesmo debate, Júlio César Casares foi logo refutando a ideia. "O sistema de pontos não prevê uma grande final porque já há várias finais, o que é muito melhor", defendeu.
Marcelo Pinto aproveitou para elogiar o Tricolor, que, nas palavras dele, é o time mais bem administrado do País.
Nos cálculos da Globo, uma grande final permitiria a abertura de espaços publicitários vendidos especificamente para a ocasião, a preços extraordinários, claro está, em função da ocasião.
Para o esporte em si, a mudança não mostra vantagem alguma. E o próprio J.Háwilla, conhecido por sua maestria em marketing esportivo e responsável pela palestra que gerou o debate aqui mencionado, defendeu, um minuto antes, que o futebol, hoje, com regras e horários estáveis, vem se tornando finalmente um negócio organizado no Brasil. "Antigamente, futebol parecia imposto de renda, que as regras mudavam todo ano e o seu contador tinha que ir fazer curso pra depois poder fazer a sua declaração."
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