Por mais que todo mundo já saiba o resultado da equação temperatura + ventos + umidade, certas sensações térmicas deste verão são absolutamente estranhas ao ser humano. Por exemplo: quem está chegando hoje de Nova York para o carnaval no Rio vai experimentar, entre o Free Shop e o ponto de táxi, o que sente na pele um frango naquele exato momento em que sai do freezer direto para o micro-ondas, com a desvantagem de que os passageiros estão vivos.
Quem já sobreviveu a um incêndio talvez possa dizer de outro jeito que sensação é esta que os termômetros não marcam e os meteorologistas comparam ao desconforto em Gana. Nem precisa ir à África conferir, basta imaginar a vida dentro de um radiador de carro velho congestionado na Régis Bittencourt. A agonia de uma sauna trancada por fora também pode muito bem ser evocada para definir o calor desses últimos dias em quase todo o Brasil. Enfim, sensação térmica é mesmo um troço muito pessoal: cada um tem a sua, e pronto!
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