do Reinaldo Azevedo | VEJA.com de Reinaldo Azevedo
Lula, o homem do ano de Sarkozy, fechou a operação. Ou melhor: oficializou. Bateu o martelo com a Dassault e vai mesmo comprar os Rafales, os caças franceses. O que se sabia, até então, é que o troço todo custaria algo em torno de R$ 10 bilhões. Errado! Eram R$ 15,1 bilhões! Generosos, os vendedores da pátria de Tartufo deixaram os 36 aparelhos por apenas R$ 11,4 bilhões (US$ 6,2 bilhões). Com o desconto, ficou R$ 1,4 bilhão mais caro do que se anunciava. É uma conta bem petista quando se trata de dinheiro público: aumenta quanto subtrai.
Na lista dos três aviões analisados pela Aeronáutica, o Rafale ficou em terceiro, perdendo para o americano F-18 e para o Gripen sueco. E daí? O que a Aeronáutica entende do assunto? O pacote dos suecos custava US$ 4,5 bilhões, e o dos americanos, US$ 5,7 bilhões. O de Sarkozy saiu por US$ 6,2 bilhões — e olhem que a pedida inicial era US$ 8,2 bilhões. Lula vai dizer que economizou US$ 2 bilhões.
O que ninguém entendeu até hoje é a necessidade de humilhar a Aeronáutica. Se a opinião da Força era irrelevante, por que ouvi-la? Para fazer o contrário? Para transformar o terceiro em primeiro? Como dizem alguns idiotas acometidos do Mal de Marxheimer (preciso explicar o que é essa doença), "militar não tem de se meter nessas coisas. porque a ditadura já acabou". Agora estamos na monarquia absolutista.
Vamos ficar de olho na concorrência internacional da índia para 126 caças. Falarei a respeito mais tarde.
Ave, Lula! Os que vão morrer o saúdam!
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