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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Caras e caros, é, sim, possível “fazer alguma coisa”; na verdade, é possível fazer bastante. Vai aqui um convite

Caras e caros, é, sim, possível “fazer alguma coisa”; na verdade, é possível fazer bastante. Vai aqui um convite:

Caras e caros,


Diante de tudo o que nos desagrada no Brasil, especialmente a política e os vigaristas que infestam a área, a gente pode ter duas posturas básicas: organizar-se para fazer alguma coisa — sem que isso se torne um objetivo de vida, é claro, porque, afinal, não somos políticos — e deixar tudo como está, reclamando de vez em quando com os amigos: “Pô, com esse pessoal que aí está, não dá; você viu o que fez aquele ladrãozinho de hóstia?”


Não estou convidando ninguém para ser militante político — até porque eu mesmo não sou mais, já lá se vão quase 30 anos. Sou um indivíduo com algumas convicções e com a ventura de poder expressá-las a milhares de pessoas. Muitas concordam com o que lêem, outras tantas repudiam vivamente. Assim é o regime democrático — este que o PT tem tentado engessar há décadas.


É claro que um país melhor se faz com pessoas melhores do que algumas que andam por aí. Precisamos de mulheres e homens decentes. Mas é necessário também mudar a MOLDURA INSTITUCIONAL, de modo que o SISTEMA seja hostil aos picaretas, aos vigaristas, aos trambiqueiros.


É o caso do VOTO DISTRITAL. Avaliem essa idéia. Informem-se a respeito. No dia em que o país, os estados e as grandes cidades forem divididos em distritos e em que essas regiões delimitadas elegerem O SEU REPRESENTANTE — de modo que ele tenha de prestar contas àquela COMUNIDADE DE MORADORES, DE CIDADÃOS, DE INDIVÍDUOS —, haverá um aumento inevitável da moralidade da política. A razão é simples: o eleito terá de prestar contas de seus atos.


Hoje, o deputado federal, o deputado estadual e o vereador — COM RARAS EXCEÇÕES — só dão satisfação à corporação a que pertencem, ao lobby que os elegeu, ao financiador de campanha; os cidadãos — TODOS NÓS — que se danem.


A reforma política está em debate na Câmara. O relator é o deputado Henrique Fontana (PT-RS). Seu texto foi parido na mente divinal de José Dirceu. Com a proposta do PT, o que já era ruim ficaria ainda pior.

- Fontana inventou o sistema proporcional misto, com eleição de metade dos representantes por meio de voto em lista; os eleitos ficariam ainda mais distantes dos eleitores;

- Fontana quer financiamento duplo de campanha, público e privado, avançando uma vez mais no bolso dos cidadãos;

- Fontana inventou um sistema de distribuição de recursos que vai acabar privilegiando o seu partido, o PT, e o PMDB.


Estão querendo, em suma, usar a reforma política para perpetuar tudo o que não presta na política brasileira e que gera esse sistema indecoroso de toma-lá-dá-cá, em que os larápios se fartam.


Entrem na página Eu voto distrital e se informem a respeito do movimento dos que propõem um outro desenho institucional. Políticos que quiserem aderir à proposta são bem-vindos, sim, mas ela é, antes de mais nada, um movimento de cidadãos:

- cidadãos indignados com a corrupção;

- cidadãos indignados que acham que é possível mudar;

- cidadãos que querem mudar para aprimorar a democracia;

- cidadãos que querem aprimorar a democracia porque, assim, os recursos públicos chegarão, de fato, àqueles que precisam.


Avaliem essa idéia. Considerem a possibilidade de assinar o manifesto em favor do voto distrital. Dificilmente se conseguirá mudar alguma coisa para 2012. Que seja para 2014, então. Que seja para 2016, 2018… Ainda que eles consigam aprovar a sua reforma criminosa, não podemos desistir. Eles, afinal, contam com a nossa desistência para que possam, então, consolidar os desmandos.


O voto distrital é a vontade do cidadão se impondo às corporações. Recorram às redes sociais para espalhar essa idéia. Vamos dizer a eles que NÓS SOMOS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA POLÍTICA!




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