Que coisa, não? O ministro Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, tenta fazer crer que não passa de tramóia da oposição ou de conspiradores a afirmação de que ele foi um dos comandantes da ação criminosa dos aloprados. Ora, quem o afirma é um petista bastante graduado: Expedito Veloso. Tão graduado que fazia parte do chamado “grupo de inteligência” da campanha à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Tão graduado que, mesmo tendo sido flagrado no imbróglio, foi mantido no Banco do Brasil e até chegou a ser promovido. Tão graduado que saiu de lá a pedido para trabalhar no governo petista do Distrito Federal.
No fim de semana, em encontro com petistas, Lula e José Dirceu voltaram à tecla de sempre: atacar as oposições e a imprensa etc e tal… Pois é! Se uma acusação da oposição se desqualifica por si mesma, uma outra, feita por petista, então é naturalmente qualificada. Se, segundo Lula, não se deve acreditar, por princípio, no que diz um oposicionista, então, igualmente, deve-se acreditar, sempre segundo o Apedeuta, por princípio no que diz um petista.
Logo, a lógica de Lula diz que o imbróglio nem requer mais investigação: Mercadante é culpado. E tem de ser, é evidente, demitido.
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