O trágico acidente que vitimou a noiva do filho de Sérgio Cabral não pode impedir que seja noticiado que o governador estava na Bahia, em íntimo convívio, com a direção da construtora que mais fatura no governo federal, estadual e municipal, a Delta Construções. Em 2010, a Delta faturou mais de R$ 750 milhões junto ao governo federal. Clique aqui e conheça a extensa lista de obras públicas da empresa no Rio de Janeiro, onde tem a sua sede.
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Trecho de matéria publicada em maio passado pela Veja. Íntegra aqui.
Em reunião com os sócios, no fim de 2009, quando discutia exatamente as razões do litígio, o empresário Fernando Cavendish revelou o que pensa da política e dos políticos brasileiros de maneira geral: “Se eu botar 30 milhões de reais na mão de políticos, sou convidado para coisas para ‘c...’. Pode ter certeza disso!”. E disse mais. Com alguns milhões, seria possível até comprar um senador para conseguir um bom contrato com o governo: “Estou sendo muito sincero com vocês: 6 milhões aqui, eu ia ser convidado (para fazer obras). Senador fulano de tal, se (me) convidar, eu boto o dinheiro na sua mão!”. Subornar pessoas com poder de decisão no governo é crime de corrupção ativa. Todo mundo sabe que isso ocorre a toda hora. Mas ouvir a confirmação da boca de um grande empresário do país, mesmo se for só bravata, é assustador.
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O acidente vitimou a esposa e filho do empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construtora, que ciceroneava Sérgio Cabral e a sua família.
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O fato deve, necessariamente, ser colocado no bojo da discussão da Medida Provisória que coloca debaixo de sigilo as licitações e os custos das obras para a Copa do Mundo e da Rio 2016. O governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, é um dos conselheiros da APO, Autoridade Pública Olímpica, órgão que está acima da própria. Quando uma notícia lamentável no que tange aos aspectos humanos mostra uma relação tão íntima entre o empreiteiro que construiu as maiores obras do Pan de 2007, que custou dez vezes mais do que o previsto, com um dos autorizadores de despesas, é inaceitável que tal medida seja posta em prática. Que isenção terá Cabral para aprovar ou não os projetos e os orçamentos do amigo do peito, do amigo íntimo?
(Post publicado ontem à noite e republicado agora pela manhã, com novas informações)
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Trecho de matéria publicada em maio passado pela Veja. Íntegra aqui.
Em reunião com os sócios, no fim de 2009, quando discutia exatamente as razões do litígio, o empresário Fernando Cavendish revelou o que pensa da política e dos políticos brasileiros de maneira geral: “Se eu botar 30 milhões de reais na mão de políticos, sou convidado para coisas para ‘c...’. Pode ter certeza disso!”. E disse mais. Com alguns milhões, seria possível até comprar um senador para conseguir um bom contrato com o governo: “Estou sendo muito sincero com vocês: 6 milhões aqui, eu ia ser convidado (para fazer obras). Senador fulano de tal, se (me) convidar, eu boto o dinheiro na sua mão!”. Subornar pessoas com poder de decisão no governo é crime de corrupção ativa. Todo mundo sabe que isso ocorre a toda hora. Mas ouvir a confirmação da boca de um grande empresário do país, mesmo se for só bravata, é assustador.
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O acidente vitimou a esposa e filho do empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construtora, que ciceroneava Sérgio Cabral e a sua família.
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O fato deve, necessariamente, ser colocado no bojo da discussão da Medida Provisória que coloca debaixo de sigilo as licitações e os custos das obras para a Copa do Mundo e da Rio 2016. O governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, é um dos conselheiros da APO, Autoridade Pública Olímpica, órgão que está acima da própria. Quando uma notícia lamentável no que tange aos aspectos humanos mostra uma relação tão íntima entre o empreiteiro que construiu as maiores obras do Pan de 2007, que custou dez vezes mais do que o previsto, com um dos autorizadores de despesas, é inaceitável que tal medida seja posta em prática. Que isenção terá Cabral para aprovar ou não os projetos e os orçamentos do amigo do peito, do amigo íntimo?
(Post publicado ontem à noite e republicado agora pela manhã, com novas informações)
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