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domingo, 6 de dezembro de 2009

Rudolph Giuliani - Um grande líder visto mais de perto

ExpoManagement 2009 - Cobertura Especial



Durante a seção de perguntas e respostas que sucedeu a palestra, um Giuliani bastante à vontade falou um pouco sobre sua história e vida pessoal.

Na escola, Rudolph Giuliani não fazia a menor ideia de que rumo iria seguir profissionalmente. "Me lembro de passar grande parte da minha vida querendo ser padre. Depois quis ser médico, jornalista, de tudo um pouco", contou o palestrante durante uma seção de perguntas e respostas conduzida pelo diretor vice-presidente do Grupo Positivo, André Gutierrez Caldeira.

"Foi só quando fiz um teste vocacional, um daqueles que você marca coisas em um gabarito, que um professor de psicologia me disse que eu deveria ser advogado por conseguir pensar de uma maneira lógica e ter habilidade de seguir um raciocínio. E ele me disse uma verdade da qual me lembro até hoje: 'você só vai ser feliz se fizer algo que sabe fazer"

Foi assim, de maneira tão corriqueira, que ele finalmente se decidiu pela faculdade de Direito. Embora diga que é possível se transformar em líder, a sua trajetória não foi consciente. "Nunca havia pensado nisso dessa maneira, mas hoje, olhando para trás, percebo que eu segui mesmo um caminho de formação de liderança, eu me eduquei para isso".

Para ensinar jovens a ser líderes, Giuliani faria o que um professor fez com ele na época de faculdade, pedindo para que os estudantes lessem mais de uma dúzia de biografias de líderes políticos norte-americanos de diversas áreas.

O ex-político não se intimidou em falar um pouco de sua vida pessoal. Para despertar o corpo e a mente, faz quinze minutos de exercícios diários pelas manhãs. Prefere assim a se dispor a correr uma hora por dia e achar que está gastando tempo demais com a atividade física. Casado, tem dois filhos e uma enteada, todos na faixa dos 20 anos. Em casa, seguem uma outra liderança: "minha mulher, é claro. Você acha que sou louco?", brincou.

Perguntado como concilia - e como conciliou na época em que foi prefeito - o tempo de trabalho com o dedicado à família, foi extremamente sincero. "Sabe que eu tinha mais tempo naquele período do que agora ou mesmo do que antes da prefeitura? É que eu fazia meus horários. Se meu filho tinha um jogo na terça de tarde eu saía do escritório e marcava a reunião com quem quer que fosse para mais tarde, para sábado ou outro dia. Eu era o prefeito, afinal. Agora não, meus clientes é que mandam".

Para encerrar sua participação na ExpoManagement 2009, Giuliani usou mais um pouquinho do seu bom humor. Quando perguntado, sobre o que diria à Deus ao chegar ao céu, fez piada. "Sou advogado, é preciso ver se eu conseguiria mesmo entrar no céu e falar com Deus. Conhece aquela piada em que chegam no céu ao mesmo tempo um médico, um padre e um advogado? Para o padre, Deus dá uma casa ótima no paraíso, pelas almas que ele salvou. O médico também ganha uma muito boa, por cuidar da saúde da tantos outros. Na vez do advogado, Deus oferece a melhor mansão, com a melhor vista. O médico e o padre não entendem nada. Deus explica: 'ele é advogado, isso é muito raro. O último que conseguiu chegar aqui foi no século XIV'".

Assim, fazendo graça de si mesmo, Giuliani demonstrou que ser um grande líder não exige sisudez nem antipatia. Pelo contrário, funciona muito melhor com leveza.

HSM Online
01/12/2009

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